A soma da renúncia fiscal que o governo oferece a produções nacionais independentes chegou a R$ 45,2 milhões. Os dados são da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e foram registrados até o dia 28 de abril.
Em março de 2009, foi regulamentado o artigo 3A da Lei do Audiovisual, que permite a empresas que importam conteúdo usarem até 70% dos impostos para investir em produções independentes do Brasil. No total, são 11 canais que estão inscritos no benefício e, desses, dois são da TV aberta: a Globo e a Record.
De todas, a Globo é a que mais tem investido no sistema: R$ 24,1; a Record, por sua vez, fica em quarto lugar, tendo colocado R$ 4,8 milhões.
Com apenas 13 meses de vigência da nova lei, o presidente da ABPITV, Marco Alberg, considera que ainda é cedo para estimativas amplas: "não temos padrão de comparação, porque a lei é nova, mas a cifra sinaliza que as emissoras vão investir".
Manoel Rangel, presidente da Ancine, disse que o estímulo é essencial para se romper "uma cultura arraigada das emissora de televisão de não trabalhar com a produção independente. É um modelo verticalizado e centralizador da Hollywood dos anos 40".
"Com essa cabeça, você perde fluxos criativos e mantém ociosas pessoas que só vão acontecer se entrarem nas grandes redes", completa Rangel.
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