sexta-feira, 14 de maio de 2010

Diretor de "Avatar" quer mais conteúdo em 3D na TV

Produtores, não tenham medo de investir na tecnologia em 3D. Essa foi a mensagem passada por James Cameron, diretor do recorde de bilheterias Avatar, durante um fórum de tecnologia, nesta quinta-feira (13).

No evento, que aconteceu em Seul, o cineasta disse que os produtores "não podem ter medo de gravar em 3D, porque dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo estão gravando em 3D todos os dias.” Ele declarou ainda que “vamos ter TVs 3D por todo lado ao nosso redor... e vamos precisar de milhares de horas de esporte, comédia, música e todo tipo de entretenimento”.

A indústria de televisores espera que a tecnologia faça tanto sucesso quanto foi a mudança da TV em preto e branco para a colorida. Porém, os altos custos de produção, mais alguns invonvenientes, como a necessidade dos óculos, têm afastado os consumidores.

Outro fator contra é que as pessoas ainda estão migrando para os recentes modelos de aparelhos em LCD ou plasma, e não estão totalmente dispostos a investir noutra versão em tão pouco tempo.

O diretor disse que produzir esse conteúdo agora sairá mais barato do que se continuarem as filmagens atuais em 2D para conversão futura. "Não haverá tempo e dinheiro para converter isso. Terá de ser gravado ao vivo. Vamos aprender como fazer a gravação ao vivo. O custo vai baixar com a produção do 3D ao vivo", afirmou.

Cameron estava falando ao público certo. Duas grandes fábricas de televisores sul-coreanas, Samsung e LG, já lançaram seus modelos 3D em 2010. A demanda pelos aparelhos deve passar de 1,2 milhão neste ano, para 15,6 milhões em 2013, de acordo com a empresa de pesquisas DisplaySearch. Mas esse número pode alcançar 64 milhões até 2018, quando a empresa prevê um faturamento de US$ 17 bilhões no setor.

"Você tem o canal, tem os aparelhos", disse Cameron. "A peça que falta é o conteúdo. É preciso arrumar o conteúdo."

Tim Burton não concorda

Nesta semana, Tim Burton, que comandou outro sucesso de bilheteria, Alice no País das Maravilhas, minimizou o uso do 3D – apesar de seu mais recente sucesso estar lotando salas de cinemas com o uso da tecnologia.

“Quando surgiu a animação por computador, todo mundo achava que a animação manual ia acabar, mas não acabou. Não acredito nessa história de que o 3D vai salvar o cinema, o mundo ou mesmo a economia. É só mais uma ferramenta com a qual nós diretores podemos brincar”, declarou Burton.

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