sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sérgio Valente: "Não vivemos a era da criatividade, mas sim da relevância"

A responsabilidade de encerrar o ciclo de palestras do El Ojo 2009 era de Sérgio Valente. E assim o fez o presidente da DM9DDB, destaque no Festival. Ao começar pela forma de se desenvolver a apresentação, Valente se diferenciou. Quando anunciado, começou a palestrar de uma das cadeiras no meio do auditório, ao contrário de seus colegas. Durante todo o tempo conversou livremente e solto e fugiu da tradicional prática de mostrar vídeos. Em resumo, agiu bem ao estilo brasileiro de ser.

Valente focou suas palavras de forma a fixar na mente dos presentes no Salão Pacífico a necessidade de trazer relevância para a publicidade. "Se cairmos na criatividade por ela mesma, estamos fadados ao fracasso, disse confiante o publicitário que afirmou não creditar mais a criatividade a condição de resolver as necessidade do cliente.

De acordo com ele, agencias caem na tentação de criar anúncios belos, bem produzidos, mas sem conceitos consistentes. O foco deve ser o produto, avisa. Mergulhe no produto e lá estará a resposta para uma grande idéia, disse. Valente chamou atenção para a importância de se trabalhar a inteligência na propaganda e não somente a tecnologia, classificada como ajudante no processo de construção de valores de marca.

O decorrer da palestra mostrou um Sérgio Valente empresário, em parceria com o lado criativo. Propaganda é capitalismo, insistia. A intenção era alertar para a pressão feitas pelos clientes para que campanhas ajudem a aumentar seus respectivos receitas. Frisou que o publicitário deve, então estar ciente deste processo cujo objetivo é angariar dinheiro. Caso contrário, se frustrará ao pensar em relacionar arte com propagana. Para Valente, o lado artístico apenas passeia pela profissão, mas não é usado como base.

O digital
Vencedor do Grand Prix em Internet, o presidente da DM9 valorizou o digital. No entanto, economizou elogios e alertou para um outro lado da questão. Confessou acreditar que não acredita na possibilidade de uma agencia se limitar ao trabalho online. De acordo com ele, esse deve ser uma área assim como as outras, mas inserida dentro de uma empresa que trabalhe com qualquer tipo de mídias.

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