segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O consumidor de tecnologia de baixa renda

Se Tomi Ahonen estiver correto, o mobile vai matar de vez o dinheiro (de papel). Contudo, se isso realmente acontecer, terá início nos países em desenvolvimento.
Nesta semana, a Visa anunciou que oferecerá serviços móveis de pagamento para países em desenvolvimento. A intenção é atender nações onde ainda não existe rede bancária e possibilitar à população o pagamento de contas e a realização de compras pelo celular.

O serviço será pré-pago e estará inicialmente disponível na Nigéria e em Uganda, para depois ser disponibilizado em outros países da África.

Segundo estudo do grupo GSMA, a África possui o mercado de tecnologia móvel com crescimento mais rápido em todo o mundo. Parte da população africana já usa o celular para fazer quase tudo, inclusive compras, pagar contas, obter microcrédito. Aproximadamente 30% da economia do Quênia transita por telefones celulares. O m-banking existe há mais de 4 anos.

Ao ler a notícia da expansão dos serviços de pagamentos móveis pela África, lembrei do pesquisador CK Prahalad, criador do conceito de “riqueza da base da pirâmide“.

O termo é utilizado em relação ao desenvolvimento de negócios com base em novas tecnologias voltadas para pessoas de baixa renda.

Segundo Prahalad, existem muitas oportunidades na base da pirâmide social que ainda são pouco conhecidas. Com a exploração dessas oportunidades, pessoas de baixa de renda podem ser incluídas no mercado, fomentando o empreendedorismo e a “inovação reversa” (inovação que surge primeiro nos países emergentes e depois é exportada para as nações desenvolvidas).

Um exemplo deste tipo de inovação é o recarregador universal de bateria da Fenix, tecnologia desenvolvida primeiramente em países que não possuíam energia elétrica e que, agora, está sendo exportada para países desenvolvidos.

Bem mais do que se imagina, o consumidor de tecnologia de baixa renda pontencializa mercados e inovações.

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