quinta-feira, 13 de maio de 2010

Publicidade busca novas regras para o mercado

O cenário pós-crise incentiva mudanças na publicidade. A Ásia está em foco e a simpatia do consumidor se tornou mais importante, a despeito do bombardeio de mensagens. Essas considerações foram feitas pelos líderes globais do setor na quarta-feira (11).

As economias dos EUA e de partes da Europa estão aos poucos retomando o crescimento, amenizando as perdas do mercado de publicidade sofridas ao longo dos últimos dois anos.

Mas os principais chefes da indústria de publicidade e marketing, que estão em Moscou para o encontro da Associação Internacional de Publicidade, admitiram que devem investir em novos mercados e em modelos de negócios mais inovadores para voltar aos níveis de lucratividade da época do boom publicitário.

"Um dia, iremos olhar para trás e ver esta grande recessão como o momento em que reinicializamos a máquina e nos recalibramos", disse o chefe de marcas da Procter & Gamble, maior anunciante do mundo. "Estamos em um momento crítico".

"Precisamos nos acostumar a um mundo que caminha em diferentes velocidades", disse Martin Sorrell, presidente-executivo da maior agência de publicidade do mundo em receita, a WPP, durante o encontro.

Em países como China e Rússia, em que publicidade e o setor privado são coisas recentes, as agências encontram um lugar para recomeçar com muitos desafios, mas ótimas oportunidades, segundo Sorrell.

"Especialmente aqui (na Rússia), na China e no Brasil... mídias móveis permitiram que esses países tivessem um desenvolvimento muito mais acelerado do que foi visto no Ocidente", disse.

Em todo o mundo, o crescimento das mídias digitais forçarão a adaptação rápida das empresas jovens.

A WPP estima que clientes invistam atualmente entre 12 e 14% em novas mídias e que isso deve aumentar para 20% ou mais em breve, com consumidores passando cada vez mais tempo conectados a internet.

O maior atrativo das novas mídias é que anunciantes podem ir além do modelo tradicional de uma mensagem para as massas e conversar com o consumidor, afirmou o vice-presidente de marketing da gigante de computação HP, Michael Mendenhall.

A mensagem dos líderes da publicidade para o resto do mercado é clara: "Vamos sair do marketing intrusivo para um de entrosamento".

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