Quando você tem um problema com um produto ou serviço de uma empresa, “gritar no Twitter” parece ser a solução mais rápida e inteligente. Contudo, apenas 1/3 das pessoas que reclamam na rede de microblogs recebem uma resposta das empresas.
Um outro caminho é o da via jurídica – encaminhar a reclamação para órgãos de defesa do consumidor, Ministério Público e agências reguladoras. É o caminho do cada um por si. Existe um terceiro meio, ainda pouco adotado no Brasil – o das petições coletivas
É nesse terceiro caminho que a Zaanga, startup brasileira voltada para a defesa do consumidor, se propõe a atuar. A startup oferecerá um serviço que viabiliza a formação de grupos de consumidores com dificuldades semelhantes para que, de forma coletiva, possam resolver os problemas.
O serviço da Zaanga reunirá as queixas comuns e as encaminhará, por meio de petições coletivas, às empresas envolvidas, ao Ministério Público, às agências reguladoras e aos órgãos de defesa do consumidor.
Raquel Costa, cofundadora da startup, que afirmou que, entre outros motivos, a Zaanga surgiu da constatação de que petições coletivas têm mais resultado do que petições individuais. Além disso, as reclamações coletivas ajudam a revelar que um problema que parece ser esporádico é, na realidade, comum a vários consumidores.
Segundo a cofundadora, a startup difere de outros serviços que reúnem reclamações de clientes na web na medida em que não somente encaminha as petições coletivamente, como também conecta pessoas que tiveram os mesmos problemas. “A partir da Zaanga, as pessoas poderão trocar informações e conhecer pessoas que passaram pelo mesmo problema com empresas”.
Para que as pessoas possam enviar as suas reclamações e conectar-se com outros usuários que tiveram as mesmas lesões, a Zaanga trabalhará com base em um aplicativo do Facebook, que rodará dentro da própria plataforma de rede social. A pessoa faz um cadastro, responde a um questionário e o aplicativo se encarrega de fazer o resto
Pelo que percebi, a Zaanga nasce bem mais como uma proposta de ativismo online do que de negócio.
Ainda não existe modelo de receita e nem investidores externos. A startup trabalha com uma estrutura de 10 pessoas, entre desenvolvedores, comunicadores e pessoal da área jurídica.
A Zaanga promete ser um exemplo nacional de um movimento de startups que busca dar mais poder aos consumidores.
Nesta segunda-feira, antes do lançamento oficial do site, a startup brasileira lançou um “manifesto online“.
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